quarta-feira, 2 de novembro de 2011

As muitas tecnologias e as muitas forma de comunidades de aprendizagem

Mestrado em Educação – Uniube
Aluna: Ana Paula Arantes Lima 
Vani Moreira Kenski
Coleção Didática e Prática de Ensino - Endipe 2010

Texto na íntegra

O universo particular dos textos em Educação costuma referir-se a tecnologia como algo distinto e único, sem considerar a multiplicidade de conceitos, formatos, produtos, processos, métodos e culturas diversas que existem no interior do termo. Tecnologias, quais tecnologias? Se considerarmos apenas a tecnologia digital, temos muito que refletir e uma quantidade infinita de possibilidades de usos didáticos das inúmeras funcionalidades que ela permite.
Tecnologias digitais, por exemplo, seria o uso do correio eletrônico ou do Messenger? Ou nos referimos aos ambientes virtuais de aprendizagem? Ou ainda as redes sociais? Ou ainda aos limites da realidade aumentada, aos novos jogos de tecnologia sensitiva, que faz com que o jogador deixe de ser sedentário diante do computador e se mexa com todo o corpo, realizando movimentos exatamente como se estivesse em um jogo real (de tênis, boliche, golfe, box, etc.).
Podemos inclusive identificar “gerações” de softwares que garantem o desenvolvimento de projetos educacionais que buscam alcançar os mesmos objetivos, mas que se utilizam de bases e lógicas tecnológicas diferenciadas. Da mesma forma, a apropriação do termo “comunidades de aprendizagem” também nos encaminha para uma diversidade de culturas educacionais e que refletem ações dentro e fora de salas de aula; estratégias distintas; níveis educacionais diversos e inúmeros procedimentos didático  -metodológico. Neste texto, considero essa diversidade – característica central presente em ambos os termos: tecnologias e comunidades de aprendizagem – como um diferencial muito importante e que precisa ser compreendido pelos docentes.
Esta compreensão viabiliza o uso adequado das varias tecnologias digitais disponíveis, sobretudo com a ampliação da banda de acesso a Internet, para facilitar e ampliar as condições de aprendizagem de cada um dos membros dos mais diversos tipos de comunidade, virtuais ou nem tanto assim.

COMUNIDADES: A BANALIZAÇÃO DO TERMO
E paradoxal. Em todas as mídias, diariamente, houve-se falar em “comunidades”. O termo se incorpora a linguagem cotidiana e designa, em geral, um aglomerado de pessoas que mantêm laços de proximidade física: o mesmo espaço e os mesmos problemas.
Nem sempre, no entanto, o relacionamento entre as pessoas da “comunidade” e tão estreito, assim como a vontade de atuar e colaborar para superar os desafios comuns. Comunidade designa um grupo, com lideranças ativas e diferenciados níveis de envolvimento dos demais membros. Mas o conceito de comunidade tem historia e, diferenciados sentidos e concepções. Vejamos algumas.
Raquel Recuero (2001) recupera os conceitos clássicos de comunidades, em sociologia. A autora relembra Ferdinand Tonies, que conceituava comunidade em oposição a sociedade. Para Recuero:
 Tonies procurou criar um conceito de comunidade “pura”, idealizada, oposta ao conceito de sociedade, criado pela vida moderna. Para Tonies, Gemeinschaft (comunidade) representava o passado, a aldeia, a família, o calor. Tinha motivação afetiva, era orgânica, lidava com relações locais e com interação. As normas e o controle davam-se através da união, do habito, do costume e da religião. Seu circulo abrangia família, aldeia e cidade. Ja Gesellschaft (sociedade) era a frieza, o egoísmo, fruto da calculista modernidade. Sua motivação era objetiva, era mecânica, observava relações supra locais e complexas. As normas e o controle davam-se através de convenção, lei e opinião publica. Seu circulo abrangia metrópole, nação, Estado e Mundo. Para Tonies, a comunidade seria o estado ideal dos grupos humanos. A sociedade, por outro lado, seria a sua corrupção.
Algum sentido deste conceito se perpetua na concepção atual de “comunidade”. A comunidade, com certeza, remete-nos hoje ao sentimento de proteção e envolvimento, a “grande família”, feita por laços comuns que nos identifica diante da sociedade.
Contradizendo Tonies, ainda segundo Recuero, Durkheim considera que “a sociedade não teria um caráter menos natural do que a comunidade, pois existiriam pequenas semelhanças de atitude nas pequenas aldeias e grandes cidades”.
Dando continuidade a discussão, Recuero recupera em Weber a noção de que comunidade e sociedade não são mais necessariamente alternativas de integração do individuo nas estruturas sociais, nem tampouco conceitos que se excluem mutuamente, ou ainda, que se opõe frontalmente. Para Weber, como para Durkheim, a maior parte das relações sociais tem em parte o caráter de comunidade, em parte o caráter de sociedade. Em qualquer comunidade seria possível encontrar as situações de conflitos e opressão, que de acordo com Tonies não fariam parte da idéia de comunidade. Para Weber, a comunidade só existiria propriamente, quando sobre uma base de um sentimento de situação comum e de suas conseqüências, esta também situada a ação reciprocamente referida e que essa referencia traduz o sentimento de formar um todo.
Chegamos, assim, a um sentido mais completo para “comunidade”. Não basta o sentimento de pertencimento e de união.
Não bastam os laços de família ou proximidade física. E preciso “formar um todo”, se envolver, participar. A comunidade em Weber baseia-se, portanto, na ação social.
Chamamos de comunidade a uma relação social na medida em que a orientação da ação social, na media ou no tipo ideal baseia-se em um sentido de solidariedade: o resultado de ligações emocionais ou tradicionais dos participantes.
Recuero recupera também Ray Oldenburg que em sua obra “The Great Good Place”, considera que as comunidades estariam desaparecendo da vida moderna. Essa é também a visão de muitos autores que atribuem a complexidade da vida nos espaços urbanos o enfraquecimento do poder das comunidades em seu sentido original.
O individualismo, a luta pelo sucesso profissional, a própria fragilizarão das famílias leva à decadência do sentido da comunidade como fator de agregação social e comprometimento.
Para Recuero, citando Sennet,“como avanço da industrialização e o surgimento do conceito de ‘sociedade de massa’, as pessoas tornaram-se atomizadas e a ordem social foi caracterizada por uma “anomia”. Recuero recupera Sennet quando diz ainda que a “noção de comunidade como um território limitado foi, neste ponto, substituída pela noção de comunidade como a de “mentes iguais”, ou de pessoas com pensamentos semelhantes. As idéias de Sennet evidenciam um importante traço na definição de uma comunidade: um senso de traço comum, característica, identidade ou interesses”.
Em termos amplos e mais atuais, Palacios (1998) enumera os elementos que caracterizariam a comunidade: “o sentimento de pertencimento, a territorialidade, a permanência, a ligação entre o sentimento de comunidade, caráter corporativo e emergência de um projeto comum, e a existência de formas próprias de comunicação”.
Em condições ideais, portanto, o conceito de comunidade se descola de condição “outorgada” (pela proximidade, afinidade ou consangüinidade) para o de condição “conseguida”, por meio de ação voluntária e cooperativa. A comunidade, portanto, e alcançada pela ação comum de pessoas que se sentem parte do todo; que cooperam “para uma finalidade comum com os demais membros (caráter corporativo, sentimento de comunidade e projeto comum)” (Recuero); que se encontram e partilham um mesmo espaço; e que, neste espaço comum, estabelecem relações sociais e ações freqüentes com os demais membros.
O descolamento do conceito de comunidade dos limites estreitos dos espaços físicos e territórios reforça a sua adoção no âmbito das relações sociais em rede, nas comunidades virtuais.
Rheingold ja assim a justifica nos anos 80, do século passado.
O avanço progressivo das redes sociais fortalece cada vez mais o sentido de “comunidade” no ciberespaço.
Nas redes digitais, o conceito de “comunidade” se atualiza e reflete um novo movimento social. As mídias divulgam e potencializam suas condições e”para pessoas socialmente desagregadas.
Inúmeros espaços virtuais são criados para abrigarem cibernautas a procura de identidades coletivas e espaços de trocas comunicacionais para os mais diferenciados fins.
A atualização do termo nos espaços virtuais é recuperada socialmente e o seu uso retorna no plano do território para designar “comunidades” em múltiplos sentidos. Na educação, o termo se fixa como alternativa para designar a turma, a classe ou as relações ocorrida sem sala de aula. Não basta,no entanto,a apropriação do nome “comunidade”. E preciso que o conceito seja culturalmente assumido pelos membros e que transformações ocorram na transformação de grupos em reais “comunidades”.

A ESCOLA COMO COMUNIDADE
Apropriando-se dos conceitos elencados neste mesmo texto ja e possível identificar que a escola, potencialmente tem os requisitos necessários para ser compreendida como “comunidade”. Vejamos, por exemplo, os requisitos apontados por Palacios e podemos considerar que, idealmente os membros e a própria escola apresentam todas as condições requeridas, ou seja: “o sentimento de pertencimento, a territorialidade, a permanência, a ligação entre o sentimento de comunidade, caráter corporativo e emergência de um projeto comum, e a existência de formas próprias de comunicação”.
Será que podemos considerar, então, a extensão do conceito para abrigar as escolas como comunidades? Para responder a esta questão, temos que refletir com maior profundidade e identificar alguns pontos que dificultam a integração entre os dois conceitos: escolas e
comunidades.
A primeira dificuldade nessa integração esta na própria organização da escola e nas relações de poder que ali permeiam.
Para Francisco Imbernon, “transformar a escola em uma comunidade de aprendizagem implica em uma importante mudança nas relações de poder”. Isso significa dizer que as definições de prioridades e objetivos não são impostos generalizadamente ou definidos de cima para baixo, mas obedecerão aos interesses e propósitos da comunidade. De acordo com Imbernon, a mudança na organização implica a organização de comissões de trabalho, a organização do voluntariado, a otimização de recursos, delegação de responsabilidades e o aumento dos serviços da escola e da organização da sala de aula, já que a experiência propõe uma nova configuração de grupos, horários, entrada, saída, pátio, refeitório, biblioteca, espaços externos, etc., uma otimização real do espaço escolar e do tempo de atividades dos alunos, uma metodologia baseada nos agrupamentos flexíveis e a aprendizagem baseada na cooperação e no dialogo.
O processo de mudanças desencadeado na escola - comunidade se reflete diretamente nas salas de aulas. A dinâmica e a didática se alteram. Segundo Imbernon (2002), o próprio espaço se amplia e descola das quatro paredes que definem territorialmente a sala para englobar “qualquer âmbito onde se estabeleça uma relação educativa entre alunos e entre professores e alunos”. A alteração dos espaços se reflete em toda dinâmica da aula, em seus tempos, estruturas e organizações didáticas e na comunicação entre todos os participantes.
Definem-se novas opções metodológicas em que todos participam. Novos atores são incorporados (professores, especialistas, técnicos, etc.) de acordo com o processo pedagógico realizado. O compartilhamento dos saberes redefine as metodologias. Todos aprendem com todos, em uma ação de cooperação, lideranças e responsabilidades compartilhadas, alem de diálogos (ou multialogos, de todos com todos) permanentes.
Essas características, sobretudo as ações de comunicação dialógica e cooperação permanentes são fundamentais para a aprendizagem e, para Imbernon (2002), são consideradas sob quatro pontos de vista:
1. Como estratégia de desenvolvimento cognoscitivo, em que se destaca a relação de interdependência entre o papel ativo dos alunos em seu desenvolvimento, o apoio de outros atores sociais na organização das atividades e a dimensão sociocultural dos contextos institucionais, das tecnologias e dos objetivos da aprendizagem.
2. Como metodologia para a interação, baseada na comunicação e na ação coletiva para a superação dos desafios de aprendizagem.
3. Como organização do trabalho, com o aprendizado da necessidade de organização, definição de tempos, distribuição de responsabilidades, coordenação, construção coletiva e incorporação de hábitos de avaliação pelos pares e de auto avaliação.
4. Como estratégia para a socialização, pela partilha e ação coletiva de cooperação e colaboração coletiva e o estímulo para a integração e participação de todos os alunos.

ESCOLA E COMUNIDADE
O desenvolvimento de projetos de escolas que se abriam a comunidade, segundo Moll (2002) e Imbernon (2002), ocorreram nos Estados Unidos, na Espanha e em alguns paises sul-americanos.
Caracterizaram-se como projetos experimentais, financiados por instituições acadêmicas (sobretudo nos Estados Unidos) ou projetos especiais de organizações internacionais, como a Unesco.
Eles buscavam, na época, criar uma nova forma de organização que pudesse ajudar a diminuir a indisciplina nas escolas.
Baseou-se na definição de procedimentos que pudessem aproximar a escola, a família e o entorno, sobretudo nos espaços sociais social e culturalmente mais discriminados. A maior integração da escola com o espaço social em que ela se situa e dando maiores responsabilidades aos alunos pelo desenvolvimento das atividades visa lhes oferecer melhores oportunidades de aprendizagem, alem de lhes garantir condições de crescimento das suas responsabilidades, envolvimento maior com as atividades e aumento da auto estima.
A proposta, portanto, e para a organização de ações proativas dos alunos e dos que fazem parte da comunidade-escola por meio do dialogo, da participação, da cooperação e da solidariedade entre todos os envolvidos.
O processo de desenvolvimento de uma escola para que se abra a comunidade envolve, segundo Mello, algumas etapas que se iniciam com a preparação e sensibilização de todos os envolvidos no projeto de mudança. A autora ressalta que o envolvimento com o projeto não pode ser imposto, mas fruto da conscientização e da vontade pessoal. Essa sensibilização começa com os profissionais da escola. E preciso que a maioria esteja predisposta a desenvolve-lo para que ele possa ser bem sucedido. Só então, os agentes da comunidade local, sobretudo os familiares são contatados e inicia-se o dialogo para o planejamento, a definição de prioridades e o desenvolvimento dos projetos.
As fases dedesenvolvimento dos projetos exigem a reordenacao e flexibilização dos poderes, sobretudo da escola. Para a organização e a administração das ações educativas com a comunidade é preciso haver negociação para o uso dos espaços das escolas e das instâncias da comunidade, estabelecimento de cronogramas, definição de metas e responsabilidades, a redefinição dos tempos e a ampliação dos horários das instituições e dos envolvidos. No momento de desenvolvimento e consolidação do projeto, segundo Mello, “os processos de investigação, formação e avaliação serão constantes”.
Em todos os momentos, a participação dos envolvidos – a partir de uma comissão gestora – é permanente.
O envolvimento e a participação de múltiplos agentes no processo educativo geram compromissos positivos de todos e que retornam com o maior engajamento dos alunos, motivação para participar e aprendizagens dinâmicas e circunstanciadas de todos os envolvidos. Dessa forma, conseguem valorizar o sentido do que aprendem e fazer uso de seus conhecimentos de forma mais concreta e valorizada, ressignificando o que antes eram apenas temas abstratos e distantes, apreendidos pontualmente como exigências escolares.
Segundo Mello (2005), “o envolvimento de familiares e associações do bairro na escola que querem para seus filhos e filhas, desde a fase de sonho (planejamento), passando pela atuação em comissões e a presença em atividades educativas como voluntárias e voluntários, apoia-se e visa o dialogo igualitário, a construção de sentido e a transformação da escola em uma Comunidade de Aprendizagem. Não se trata de envolve-los de maneira periférica ou que se sintam usados pela escola. Assumem de fato o centro como espaço publico, tendo sobre ele direito e por ele responsabilidade”.
Nessas iniciativas, a escola passa a exercer função proativa, segundo Mello, colaborando para “promover mudanças sociais e culturais no entorno”. Essa ação, afirma a autora, “e de fundamental importância, ja que no contexto atual a aprendizagem não depende apenas do que passa em aula, mas esta conectado ao que ocorre em casa, na rua, ao que veiculam os meios de comunicação. Informação e formação advém de diferentes locais, fazendo desaparecerem as fronteiras entre o interior e o exterior da escola, que deixa de existir enquanto espaço fechado”.

COMUNIDADES VIRTUAIS
As possibilidades de comunicação e trocas de informações entre pessoas por meio das redes digitais favoreceu o aparecimento das comunidades virtuais. Ainda em meados dos anos 80 e inicio dos 90, formavam-se comunidades (como Psycoloquy criada por Steven Harnad e aWell, por Rheingold) nas BBS, muito antes da disseminação da Internet e do Windows. Sem apelos visuais ou imagens, nessas comunidades trocavam-se textos, informações e construíam-se historias coletivas.
Nos RPGs, os participantes criavam identidades diferenciadas, inspirações para os avatares dos mundos tridimensionais das novas eras, no século 21. A nova sociabilidade em rede era vista como um importante movimento que alteraria significativamente as relações entre as pessoas. Na época, Howard Rheingold criou o termo comunidade virtual que definiu como: “agregados sociais surgidos na Rede, quando os intervenientes de um debate o levam por diante em numero e sentimento suficientes para formarem teias de relações pessoais no ciberespaço”. (RHEINGOLD, 1994)
Antes disso, ja em 1976, diz Costa (2005), “o pesquisador americano Murray Turoff, idealizador do sistema de intercambio de informação eletrônica (EIES), considerado o ponto de partida das atuais comunidades no line, prenunciava que a conferencia por computador poderia fornecer aos grupos humanos uma forma de exercitarem a capacidade de ‘inteligência coletiva’. Segundo ele, um grupo bem sucedido exibira um grau de inteligência maior em relação a qualquer um de seus membros (TUROFF apud RHEINGOLD, 1996). Estava lançada assim a idéia de que a interconexão de computadores poderia dar nascimento a uma nova forma de atividade coletiva, centrada na difusão e troca de informações, conhecimentos, interesses etc.”.
Essas teias de relação cresceram em número e em diversidade de formatos e intenções. Algumas características, no entanto, permanecem como diversos autores pontuam. O primeiro requisito da comunidade virtual e ser um grupo de pessoas que estabelecem, entre si, relações sociais. Nessas relações e fundamental que ocorra a interação entre os indivíduos, em um determinado período de tempo contínuo.
A banalização do termo levou a que inúmeros conglomerados na internet se postulassem como “comunidades”, ainda que não alcancem nem de longe as condições exclusivas da formação comunitária no ciberespaço. São listas, fóruns de discussão e redes que podem ate alcançar estágios de participação coletiva ou serem embriões para a criação de comunidades, mas, em principio, não se configuram como tal.
Confundidas com comunidades temos as listas e os fóruns, em princípio determinados para a viabilização de discussão sobre um determinado tema ou área especifica de conhecimento e atuação. A simples troca de mensagens por e-mail entre um grupo de pessoas incluídas em uma lista ou fórum não caracteriza a sua identificação como comunidade. Da mesma forma, as redes sociais viabilizam as relações comunicativas online entre os participantes, mas não chegam a caracterizar uma comunidade, voltada para a cooperação entre os pares para a superação coletiva de um desafio comum.
Essas diferenças são apontadas por Illera (2007) quando recupera o conceito emitido por Hunter: “uma comunidade virtual e definida como um grupo de pessoas que interagem entre si, aprendendo com o trabalho das outras e proporcionando recursos de conhecimento e informação ao grupo, em relação a temas sobre os quais ha acordo de interesse mutuo”. Destaca-se assim a participação ativa e a colaboração como características marcantes nas comunidades virtuais. Espera-se que todo membro da comunidade coopere livremente, que não seja apenas um mero receptor ou consumidor dos serviços ou das informações que ali circulam. Essa democratização da participação é fundamentada na garantia de total liberdade de opinião entre os membros da comunidade, desde que sejam respeitadas as regras de sociabilidade, construídas coletivamente, que regulam as interações.
As comunidades virtuais são autônomas. Elas perduram no tempo exato em que os seus membros se interessam em permanecer reunidos,produzindo coletivamente algo que seja útil e interessante para todos os demais membros. Concordando com Costa, consideramos
“importante salientar que todo tipo de grupo, comunidade, sociedade é fruto de uma árdua e constante negociação entre preferências individuais. Exatamente por essa razão, o fato de estarmos cada vez mais interconectados uns aos outros implica que tenhamos de nos confrontar, de algum modo, com nossas próprias preferencias e sua relação com aquelas de outras pessoas. E não podemos esquecer que tal negociação não e nem evidente nem tampouco fácil. Alem disso, o que chamamos de preferencias “individuais” são na verdade fruto de uma autentica construção coletiva, num jogo constante de sugestões e induções que constitui a própria dinâmica da sociedade”.

COMUNIDADES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM
Palloff e Pratt (2004) distinguem as comunidades virtuais das comunidades virtuais de aprendizagem on-line. Para eles, “o envolvimento com a aprendizagem colaborativa e a pratica reflexiva implícita na aprendizagem transformadora e o que diferencia a comunidade de aprendizagem on-line.” Existe, assim um proposito determinado que vai alem da vivencia coletiva em rede. As comunidades virtuais de aprendizagem justificam-se pelas suas finalidades constitutivas, ou seja, a de favorecer a aprendizagem de todos os seus membros em relação a um determinado saber.
A intenção educativa nas CVAs (comunidades virtuais de aprendizagem) e intencional e explicita. Todos os seus participantes se sentem engajados em um movimento que vai além da participação, interação, comunicação e mesmo da cooperação. A finalidade em pauta e a da transformação, da mudança de comportamentos, sentimentos, ações em relação a um determinado conhecimento.
O grande diferencial da aprendizagem, nas comunidades virtuais que se viabilizam para este fim, e que ela se descola da reação individual e torna-se transformação coletiva. Ações de cooperação e colaboração entre os membros da comunidade contribuem para que todos se beneficiem e se transformem. As reações não são as mesmas, cada pessoa reage e reflete com comportamentos próprios aos estímulos do grupo, mas, dessa forma, contribui – pela diversidade – para a ampliação da compreensão de conceitos, o respeito a diferença e a empatia entre os membros.
Em texto anterior (KENSKI, 2001), considerei que diferenciar “comunidade virtual” de “comunidade virtual de aprendizagem” não e tarefa simples: A primeira dificuldade em definir uma “comunidade virtual de aprendizagem” esta exatamente em restringir sua ação, seu inicio e continuidade com o fim especifico de atender a todos os seus membros em seus anseios de aprender. Como diferenciar uma comunidade virtual de uma comunidade virtual de aprendizagem? A redefinição de uma comunidade virtual orientada especificamente para “aprendizagem” e difícil. Na verdade as múltiplas e incessantes trocas que ocorrem em qualquer tipo de comunidade virtual refletem-se em inúmeras e diferenciadas aprendizagens para os seus membros.
Em termos operacionais podemos denominar assim para as comunidades que emergem de cursos ou disciplinas realizadas totalmente ou quase exclusivamente no ambiente da Internet, por exemplo. Nem todos os cursos ou disciplinas oferecidas no ambiente eletrônico dão origem a comunidades. A comunidade especifica de “aprendizagem” vai além do tempo de uma disciplina ou curso, ainda que possam surgir de iniciativas nestes momentos de ensino-aprendizagem. Em muitos casos ela se solidifica apos o encerramento destes. Não se constituem também apenas de períodos finitos, previamente estabelecidos pelas instituições ou pelos seus coordenadores e professores. As comunidades de aprendizagem ultrapassam as temporalidades regimentais estabelecidas pela cultura educacional e vão além. “Seu tempo e o tempo em que seus membros se interessam em ali permanecerem em estado de troca, colaboração e aprendizagem.
As muitas comunidades que vivenciei, no entanto, me levam a afirmar sobre a intencionalidade dos processos desencadeados nas CVAs. Não basta a existência do desejo de aprendizagem comum entre os seus membros, e preciso mais. Antes de tudo, e preciso o
desenvolvimento de lideranças ativas que promovam e estimulem a ação conjunta. Essas lideranças são assumidas, em principio, pelos próprios professores. Cabem a eles os direcionamentos das propostas gerais para a definição dos caminhos da comunidade.
Para a viabilização das Comunidades Virtuais de Aprendizagem, e preciso que haja planejamento, propostas metodológicas e objetivos bem definidos. Atuando como mediadores, os professores orientam o processo e estimulam os alunos a participação e ação. Definem tempos, percursos, apresentam desafios e atividades. Atentos, levam os alunos nos momentos iniciais para a intercomunicação didática – todos comentando as ações de todos – estimulando a ação comunicativa.
Nestes primeiros momentos, as CVAs se comportam mais como redes sociais de aprendizagem, direcionadas para objetivos comuns, postos pelos moderadores.
A autonomia desejada para a CVA propriamente dita vem com a sua maturidade e o envolvimento espontâneo de todos os membros com a colaboração e a ação em comum, em beneficio de todos. Isso e bem difícil de conseguir. Ele se da naquele momento único que os alunos definem os caminhos e propõem ações que vão além – mais e melhor – do que seus professores previam realizar coletivamente.
Neste instante as aprendizagens alcançam níveis não planejados em que se concentram comportamentos intelectuais, sociais, morais, valores, atitudes de tal grandeza que se refletem como vivencias e experiências concretas e duradouras em todos os envolvidos. Todos aprendem com todos. Steven Harnad, o criador pioneiro das listas e comunidades embrionárias no mundo virtual disse certa vez que ele participava dos grupos virtuais que criava ate o momento em que eles alcançavam essa autonomia. Dai em diante, os grupos podiam seguir sozinhos e serem responsáveis pelos seus destinos. O que pensamos das CVAs e que elas são realmente efêmeras e uma de suas características esta nesta instantaneidade. A desconstrução de uma CVA não representa, no entanto, sua morte. A energia ali concentrada se espraia em muitas direções e se reflete em novas listas e novas comunidades. Os que ali vivenciaram situações positivas de trocas e aprendizagens múltiplas as incorporaram as suas vidas e, em diferentes lugares – presenciais e virtuais – se posicionam positivamente para a colaboração, a participação, o respeito ao outro, a aprendizagem compartilhada, a comunicação significativa.

REFERÊNCIAS
COSTA, Rogerio. Por um novo conceito de comunidade: redes sociais, comunidades pessoais, inteligência coletiva. Interface (Botucatu) [online]. 2005, vol.9, n.17. In:www.scielo.br/scielo.php?pid=S14142832005000200003&script=sci_abstract&tlng=pt (05/02/2010).

IMBERNON, Francisco. As comunidades de aprendizagem e o novo papel do professor. Pátio Revista Pedagógica, v. 6, n. 24, p. 14-17, nov. 2002/jan. 2003.

KENSKI,Vani. Comunidades de Aprendizagem, em direção a uma nova sociabilidade na educação. In: Revista de Educação e Informática, no 15/dez. 2001.

MELLO, Roseli Rodrigues Comunidades de Aprendizagem: Democratizando relações entre escola e comunidade. Caxambu, MG. ANPED, 26ª reunião anual. GT: Movimentos Sociais, 2003. Meio digital: http://www.anped.org.br/26/trabalhos/roselirodriguesdemello.rtf (19/01/2010)

MOLL, Jaqueline. Novos Itinerários Educativos: Reinventar a escola dialogando com a comunidade e com a cidade. In:http://aprendiz.uol.com.br/downloads/educacao_comunitaria/reinventar.doc (21/01/2010).

PALACIOS, Marcos Silva. Cotidiano e sociabilidade no cyberespaco: apontamentos para uma discussão. In: FAUSTO NETO, Antonio; PINTO, Milton Jose. (Orgs.). O indivíduo e as mídias. Rio de Janeiro: Diadorim, 1996.

PALLOFF, Rena; PRATT, Keith. Construindo comunidades de aprendizagem no ciberespaço. Porto Alegre: Artmed, 2002.

RECUERO, Raquel. Comunidades Virtuais: uma abordagem teórica. Ecos Revista. Pelotas/RS, v.5, n.2, 2001. In: www.pontomidia.com.br/ raquel/teorica.pdf. (20/12/2009)

RHEINGOLD, Howard. A comunidade virtual. Lisboa: Gradiva, 1997.

RODRIGUEZ ILLERA, Jose L. Conferencia: como as comunidades virtuais de prática e de aprendizagem podem transformar a nossa concepção de educação. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, Lisboa, n. 3, mai / ago 07. In: http://sisifo.fpce.ul.pt/pdfs/sisifo03PTConf.pdf. (14/12/2009).


Síntese do texto

INTRODUÇÃO
O universo particular dos textos em Educação costuma referir-se a tecnologia como algo distinto e único, sem considerar a multiplicidade de conceitos, formatos, produtos, processos, métodos e culturas diversas que existem no interior do termo. Tecnologias, quais tecnologias?
Tecnologias digitais, por exemplo, seria o uso do correio eletrônico ou do Messenger? Ou nos referimos aos ambientes virtuais de aprendizagem? Ou ainda as redes sociais? Ou ainda aos limites da realidade aumentada?

COMUNIDADES: A BANALIZAÇÃO DO TERMO
E paradoxal. Em todas as mídias, diariamente, houve-se falar em “comunidades”. O termo se incorpora a linguagem cotidiana e designa, em geral, um aglomerado de pessoas que mantêm laços de proximidade física: o mesmo espaço e os mesmos problemas.
Comunidade designa um grupo, com lideranças ativas e diferenciados níveis de envolvimento dos demais membros. Mas o conceito de comunidade tem historia e, diferenciados sentidos e concepções. Vejamos algumas:
Tonies procurou criar um conceito de comunidade “pura”, idealizada, oposta ao conceito de sociedade, criado pela vida moderna. Para Tonies, Gemeinschaft (comunidade) representava o passado, a aldeia, a família, o calor.
Gesellschaft (sociedade) era a frieza, o egoísmo, fruto da calculista modernidade.
Para Weber, como para Durkheim, a maior parte das relações sociais tem em parte o caráter de comunidade, em parte o caráter de sociedade.
Chegamos, assim, a um sentido mais completo para “comunidade”. Não basta o sentimento de pertencimento e de união.
Não bastam os laços de família ou proximidade física. E preciso “formar um todo”, se envolver, participar. A comunidade em Weber baseia-se, portanto, na ação social.
Chamamos de comunidade a uma relação social na medida em que a orientação da ação social, na media ou no tipo ideal baseia-se em um sentido de solidariedade: o resultado de ligações emocionais ou tradicionais dos participantes.
O individualismo, a luta pelo sucesso profissional, a própria fragilizarão das famílias leva à decadência do sentido da comunidade como fator de agregação social e comprometimento.
Recuero recupera Sennet quando diz ainda que a “noção de comunidade como um território limitado foi, neste ponto, substituída pela noção de comunidade como a de “mentes iguais”, ou de pessoas com pensamentos semelhantes.
Palacios (1998) enumera os elementos que caracterizariam a comunidade: “o sentimento de pertencimento, a territorialidade, a permanência, a ligação entre o sentimento de comunidade, caráter corporativo e emergência de um projeto comum, e a existência de formas próprias de comunicação”.
A comunidade, portanto, e alcançada pela ação comum de pessoas que se sentem parte do todo; que cooperam “para uma finalidade comum com os demais membros (caráter corporativo, sentimento de comunidade e projeto comum)” (Recuero); que se encontram e partilham um mesmo espaço; e que, neste espaço comum, estabelecem relações sociais e ações freqüentes com os demais membros.
O avanço progressivo das redes sociais fortalece cada vez mais o sentido de “comunidade” no ciberespaço.
Nas redes digitais, o conceito de “comunidade” se atualiza e reflete um novo movimento social.
Inúmeros espaços virtuais são criados para abrigarem cibernautas a procura de identidades coletivas e espaços de trocas comunicacionais para os mais diferenciados fins.
Na educação, o termo se fixa como alternativa para designar a turma, a classe ou as relações ocorrida sem sala de aula.

A ESCOLA COMO COMUNIDADE
Será que podemos considerar, então, a extensão do conceito para abrigar as escolas como comunidades? Para responder a esta questão, temos que refletir com maior profundidade e identificar alguns pontos que dificultam a integração entre os dois conceitos: escolas e comunidades.
A primeira dificuldade nessa integração esta na própria organização da escola e nas relações de poder que ali permeiam.
Para Francisco Imbernon, “transformar a escola em uma comunidade de aprendizagem implica em uma importante mudança nas relações de poder”.
O processo de mudanças desencadeado na escola - comunidade se reflete diretamente nas salas de aulas. A dinâmica e a didática se alteram. Segundo Imbernon (2002), o próprio espaço se amplia e descola das quatro paredes que definem territorialmente a sala para englobar “qualquer âmbito onde se estabeleça uma relação educativa entre alunos e entre professores e alunos”. A alteração dos espaços se reflete em toda dinâmica da aula, em seus tempos, estruturas e organizações didáticas e na comunicação entre todos os participantes.
  
ESCOLA E COMUNIDADE
O processo de desenvolvimento de uma escola para que se abra a comunidade envolve, segundo Mello, algumas etapas que se iniciam com a preparação e sensibilização de todos os envolvidos no projeto de mudança. A autora ressalta que o envolvimento com o projeto não pode ser imposto, mas fruto da conscientização e da vontade pessoal. Essa sensibilização começa com os profissionais da escola. E preciso que a maioria esteja predisposta a desenvolve-lo para que ele possa ser bem sucedido. Só então, os agentes da comunidade local, sobretudo os familiares são contatados e inicia-se o dialogo para o planejamento, a definição de prioridades e o desenvolvimento dos projetos.
As fases de desenvolvimento dos projetos exigem a reordenação e flexibilização dos poderes, sobretudo da escola. Para a organização e a administração das ações educativas com a comunidade é preciso haver negociação para o uso dos espaços das escolas e das instâncias da comunidade, estabelecimento de cronogramas, definição de metas e responsabilidades, a redefinição dos tempos e a ampliação dos horários das instituições e dos envolvidos.
Segundo Mello (2005), “o envolvimento de familiares e associações do bairro na escola que querem para seus filhos e filhas, desde a fase de sonho (planejamento), passando pela atuação em comissões e a presença em atividades educativas como voluntárias e voluntários, apóia - se e visa o dialogo igualitário, a construção de sentido e a transformação da escola em uma Comunidade de Aprendizagem.
Nessas iniciativas, a escola passa a exercer função proativa, segundo Mello, colaborando para “promover mudanças sociais e culturais no entorno”.

COMUNIDADES VIRTUAIS
Howard Rheingold criou o termo comunidade virtual que definiu como: “agregados sociais surgidos na Rede, quando os intervenientes de um debate o levam por diante em numero e sentimento suficientes para formarem teias de relações pessoais no ciberespaço”.
Murray Turoff prenunciava que a conferencia por computador poderia fornecer aos grupos humanos uma forma de exercitarem a capacidade de ‘inteligência coletiva’.
O primeiro requisito da comunidade virtual e ser um grupo de pessoas que estabelecem, entre si, relações sociais. Nessas relações e fundamental que ocorra a interação entre os indivíduos, em um determinado período de tempo contínuo.
A banalização do termo levou a que inúmeros conglomerados na internet se postulassem como “comunidades”, ainda que não alcancem nem de longe as condições exclusivas da formação comunitária no ciberespaço. São listas, fóruns de discussão e redes que podem ate alcançar estágios de participação coletiva ou serem embriões para a criação de comunidades, mas, em principio, não se configuram como tal.
A simples troca de mensagens por e-mail entre um grupo de pessoas incluídas em uma lista ou fórum não caracteriza a sua identificação como comunidade.
Essas diferenças são apontadas por Illera (2007) quando recupera o conceito emitido por Hunter: “uma comunidade virtual e definida como um grupo de pessoas que interagem entre si, aprendendo com o trabalho das outras e proporcionando recursos de conhecimento e informação ao grupo, em relação a temas sobre os quais ha acordo de interesse mutuo”. Destaca-se assim a participação ativa e a colaboração como características marcantes nas comunidades virtuais.
As comunidades virtuais são autônomas. Elas perduram no tempo exato em que os seus membros se interessam em permanecer reunidos,produzindo coletivamente algo que seja util e interessante para todos os demais membros.

COMUNIDADES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM (CVAs)
Palloff e Pratt (2004) distinguem as comunidades virtuais das comunidades virtuais de aprendizagem on-line. Para eles, “o envolvimento com a aprendizagem colaborativa e a pratica reflexiva implícita na aprendizagem transformadora e o que diferencia a comunidade de aprendizagem on-line.”
As comunidades virtuais de aprendizagem justificam-se pelas suas finalidades constitutivas, ou seja, a de favorecer a aprendizagem de todos os seus membros em relação a um determinado saber.
O grande diferencial da aprendizagem, nas comunidades virtuais que se viabilizam para este fim, e que ela se descola da reação individual e torna-se transformação coletiva.
Para a viabilização das Comunidades Virtuais de Aprendizagem, e preciso que haja planejamento, propostas metodológicas e objetivos bem definidos. Atuando como mediadores, os professores orientam o processo e estimulam os alunos a participação e ação.Definem tempos, percursos, apresentam desafios e atividades.Atentos, levam os alunos nos momentos iniciais para a intercomunicação didática – todos comentando as ações de todos – estimulando a ação comunicativa.

Texto disponível em: http://www.fae.ufmg.br/endipe/livros/Livro_3.PDF 

Identificação dos elementos - análise do texto
a) O objeto de estudo
As tecnologias e as diversificadas formas de comunidades virtuais de aprendizagem.


b) O problema de pesquisa
A pesquisa traz que as muitas tecnologias e as comunidades de aprendizagem devem ser um diferencial muito importante e que precisa ser compreendido pelo docente.
Trazendo indagações do tipo:
Tecnologias quais tecnologias?
Tecnologias digitais, por exemplo, seria o uso do correio eletrônico ou do Messenger?
Ou nos referimos aos ambientes virtuais de aprendizagem? Ou ainda as redes sociais?

c) Os objetivos
  • Compreender a viabilização do uso das várias tecnologias digitais disponíveis
  • Facilitar e ampliar as condições de aprendizagem de cada um dos membros dos mais diversos tipos de comunidades.
d) A metodologia
A metodologia utilizado é pesquisa bibliográfica .

e) O referencial teórico
COSTA, Rogerio. 2005
IMBERNON, Francisco. 2002
KENSKI,Vani. 2001
MELLO, Roseli Rodrigues. 2003
MOLL, Jaqueline. 2010
PALACIOS, Marcos Silva. 1996
PALLOFF, Rena; PRATT, Keith. 2002
RECUERO, Raquel. 2009
RHEINGOLD, Howard. 1997
RODRIGUEZ ILLERA, Jose L. 2009

f) Os resultados
As comunidades virtuais de aprendizagem justificam-se pelas suas finalidades constitutivas, ou seja, a de favorecer a aprendizagem de todos os seus membros em relação a um determinado saber.
O grande diferencial da aprendizagem, nas comunidades virtuais que se viabilizam para este fim, e que ela se descola da reação individual e torna-se transformação coletiva.
Para a viabilização das Comunidades Virtuais de Aprendizagem, e preciso que haja planejamento, propostas metodológicas e objetivos bem definidos. Atuando como mediadores, os professores orientam o processo e estimulam os alunos a participação e ação. Definem tempos, percursos, apresentam desafios e atividades. Atentos, levam os alunos nos momentos iniciais para a intercomunicação didática – todos comentando as ações de todos – estimulando a ação comunicativa.